terça-feira, 23 de janeiro de 2018

Eleições sem a participação de Lula é um novo golpe


Este 24 de janeiro será um dia histórico na política brasileira. As atenções dos brasileiros e de grande parte da opinião pública internacional estão voltadas para Porto Alegre, onde acontece o julgamento do recurso do ex-presidente Lula, condenado pelo juiz Sergio Moro a nove anos e seis meses de prisão, sob acusação de ter recebido um apartamento tríplex no Guarujá-SP em troca de vantagens oferecidas à empreiteira Odebrecht.
A importância desse julgamento está no fato de que pode confirmar ou reformar uma injustiça cometida pela primeira instância do Judiciário, uma vez que Lula foi condenado sem provas, apenas com base em delações premiadas de pessoas interessadas em reduzir as consequências dos crimes que praticaram. A condenação do ex-presidente, longe de ser um processo meramente jurídico, insere-se numa ofensiva das forças de direita desse País, articuladas por setores do Judiciário, Ministério Público, Legislativo e mídia. O juiz que o condenou sempre teve ligações muito estreitas com o PSDB e seus líderes. Procuradores promoveram encenação para expor com data-show, em rede nacional, suas "convicções" de que Lula era o chefe da quadrilha. Condução coercitiva midiática para ouvir o ex-presidente, sem que o mesmo tivesse sido convocado a prestar declarações anteriormente. Manchetes nos jornais de circulação nacional e notícias diárias de acusações de práticas de ilícitos por parte de Lula. Enfim, uma campanha intensiva que suscitou verdadeiro ódio e ojeriza do Lula e do PT por grande parte da população.
O que está em jogo neste julgamento é a reconstrução do Estado Democrático de Direito no Brasil. Estão tentando condenar, não um cidadão, mas um projeto político que, nos últimos anos promoveu a maior inclusão social da nossa história, distribuindo renda, levando jovens pobres para as universidades, construindo habitações populares, fazendo saneamento, levando luz para o campo, oferecendo crédito a pequenos produtores e empreendedores, gerando empregos e oportunidades. Querem condenar a maior liderança popular do Brasil e impedí-lo de se apresentar ao povo novamente como opção para governar os destinos da nação. Querem condenar as esquerdas, como corruptas e incompetentes. Querem condenar o povo brasileiro a ser governado por suas elites criminosas, que atuam para manter seus privilégios, às custas da supressão de direitos das maiorias exploradas.
Os movimentos sociais e muitos brasileiros estão se manifestando nas ruas da capital gaúcha para exigir que esse processo não seja contaminado pelos interesses das elites. É importante que a justiça prevaleça e que seja permitido a Lula ser candidato nas eleições deste ano, para que o povo brasileiro possa expressar seu julgamento na sua candidatura.
Democracia no Brasil! Justiça para Lula!
 

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