segunda-feira, 26 de setembro de 2016
ESSA LAVA JATO É SÉRIA? ATÉ ONDE?
Mais uma operação deflagrada na semana da eleição e para prender mais um petista, Antônio Palocci. Tem muita gente que foi denunciada nas delações e é investigada, mas ninguém é preso em ações midiáticas como os petistas o são. A intenção parece cada vez mais evidente: acabar com qualquer vestígio do Partido dos Trabalhadores, para que não haja o risco de voltar ao poder tão cedo. Essas prisões de pessoas que exerceram grande influência nos governos do PT e que são muito próximas de Lula e Dilma são uns testes junto à opinião pública para o alvo maior: condenar e prender Lula, provável candidato à presidência em 2018. É preciso testar antes para saber até que ponto haverá reação nas ruas de movimentos sociais e pessoas que apoiam o ex-presidente.
A prisão do ex-ministro Guido Mantega, na semana passada, revelou, mais uma vez, os problemas da Lava Jato. As justificativas para a prisão e soltura mostraram a fragilidade com que o Direito tem sido tratado. Se havia risco claro de Mantega atrapalhar as investigações ou o processo, uma doença na família não poderia anulá-lo. Ou o entendimento do que é ameaça é diferente para os agentes da Lava Jato ou esse perigo simplesmente nunca existiu e a prisão tinha outro objetivo.
A prática da Lava Jato tem sido essa: atirar primeiro e depois perguntar. As prisões têm sido utilizadas com o objetivo de forçar a prática das delações premiadas. Os delatores, assim que entregam aqueles que interessam ao juiz, passam à condição de colaboradores e recebem o prêmio da prisão domiciliar e diminuição das penas. Os delatados passam a ser investigados, mas nem todos, só os petistas.
A prisão do ex-ministro foi determinada por um suposto perigo às investigações, mas, como num passo de mágica, a situação vivida por sua mulher fez com que esse perigo deixasse de existir, ou então, nunca houve necessidade de ele ser preso. Dramas particulares não devem influenciar se há motivos graves para se decretar prisão temporária ou preventiva. O propósito prático para a prisão, nesse contexto, passa a ter duas razões: criar repercussão do fato, mobilizando e tocando a opinião pública e dificultar uma articulação da defesa.
Até agora, as ações da Lava Jato têm tido endereço certo, o PT. Os demais denunciados parece terem sido esquecidos. O desrespeito à Constituição e às leis é flagrante. O STF tem criticado as ações exageradas e desnecessárias. É preciso frear quem acha que tem o poder absoluto. As cortes e instâncias superiores podem fazer isso. Mas, até agora, nenhuma atitude foi tomada para impedir o arbítrio. Como disse Lula, o "Supremo Tribunal Federal está acovardado", ou então, está comprometido com a política quem vem sendo articulada pelos setores da direita. O Estado Democrático de Direito e diversos princípios e garantias constitucionais não podem ser desprezados, nem se tornar letra morta.
Quando o judiciário age movido pela opinião pública, muitos equívocos e injustiças podem ser cometidos. Se é para combater a corrupção na administração pública, que a justiça não escolha quem vai investigar e prender, mas que os critérios e leis sejam aplicados igualmente para todos os acusados.
E Renan, Romero Jucá, Sarney, FHC, Aécio, Eduardo Cunha,...????? Não haverá operação para eles????
quarta-feira, 21 de setembro de 2016
DIA NACIONAL DE LUTA DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA
O Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência foi
instituído por iniciativa dos movimentos sociais, em 1982, e oficializado pela
Lei N° 11.133, de 14 de julho de 2005. A data foi escolhida para coincidir com
o Dia da Árvore, representando o nascimento das reivindicações de cidadania e
participação em igualdade de condições.
Poucos dias após o fim das Paralimpíadas Rio 2016, o Dia
Nacional é comemorado nesta quarta-feira (21 de setembro), e a data chama a atenção,
novamente, para a inclusão das pessoas com deficiência, quase um quarto da
população brasileira.
Em 2008, o Brasil ratificou a Convenção sobre os Direitos das
Pessoas com Deficiência, adotada pela Organização das Nações Unidas (ONU) e o
Protocolo Facultativo, e o documento obteve aqui equivalência de emenda
constitucional. Da convenção, surgiu a Lei brasileira de Inclusão, que trata os
objetivos de forma mais concreta e entrou em vigor em janeiro deste ano. Alguns
artigos ainda precisam de regulamentação com prioridade.
É necessário facilitar o acesso das pessoas com deficiência a
órteses e próteses, além de aumentar a acessibilidade urbana e na comunicação.
Até 2008, prevaleceu muito a avaliação da deficiência sob o olhar médico. Com o
conceito de deficiência pela convenção, não é só a deficiência pura e
simplesmente que conta, mas o contexto social em que a pessoa vive que vai
torná-la mais ou menos limitada. Se forem quebradas as barreiras físicas,
atitudinais e comportamentais, as limitações da deficiência serão sempre mais
minimizadas e superadas.
Pelo Censo de 2010 do IBGE, o número de pessoas com
deficiência no Brasil já pasou de 45 milhões, ou seja, pelo menos 24% da
população brasileira diz ter algum tipo de deficiência. Esta população não quer
apenas ter rampa, banheiro adaptado ou lugares reservados nos transportes
coletivos. Elas querem respeito e dignidade, além de participar das discussões
que vão regular suas vidas, querem mais educação de qualidade, saúde, cultura
com acessibilidade e inclusão, trabalho que promova seu desenvolvimento, e
sentir realmente que há uma verdadeira mudança na sociedade, no modo como ela
percebe, vê e trata os diferentes.
Em contraste com o número de pessoas com alguma deficiência
no Brasil, a Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), do Ministério do
Trabalho, mostra que 327.215 pessoas com deficiência ocupavam vagas no mercado
de trabalho formal em 2014, mesmo com a Lei das Cotas garantindo o direito de
inserção à essas pessoas nas empresas.
Nas escolas, segundo dados do Ministério da Educação, o
acesso de pessoas com deficiência aumentou 381% entre 2003 e 2014. Nesse
intervalo, o número de matrículas saltou de 145.141 para 698.768. O grande
desafio na educação agora, além de continuar a garantir a inserção de novos
alunos com deficiência no sistema formal de ensino, é o de garantir a
aprendizagem e o sucesso desses alunos na escola.
A edição das Paralimpíadas Rio 2016 foi um marco na luta e na
história do esporte brasileiro. Participaram 287 atletas (185 homens e 102
mulheres) em 22 modalidades. A maior delegação já enviada pelo país. Os atletas
conquistaram 72 medalhas, 67% a mais do que na edição anterior, em Londres.
Foram vendidos 2,1 milhões de ingressos no total, segunda maior bilheteria da
história das Paralimpíadas. O evento trouxe maior visibilidade para a
eficiência, qualidades e capacidades de superar os próprios limites das pessoas
com deficiência.
A reflexão sobre os direitos das pessoas com deficiência
envolve justiça social, direitos humanos, cidadania, democracia, igualdade
social e respeito às diferenças. Lutar por estes direitos é não se resignar, é
não aceitar, é não deixar de denunciar, é resistir ao estado das coisas que
insistem em promover a exclusão social e favorecer uma lógica perversa do
capital que cria cada vez mais injustiças.
quinta-feira, 8 de setembro de 2016
DEPUTADO PEDRO KEMP REPUDIA O GOLPE E ALERTA PARA AS MEDIDAS ANUNCIADAS PELO GOVERNO ILEGÍTIMO DE TEMER
O deputado
estadual Pedro kemp repudiou, na tribuna da Assembleia Legislativa, o que
chamou de golpe parlamentar-jurídico-midiático, articulado pelo PMDB do
Deputado Federal Eduardo Cunha e pelos partidos de oposição, que tirou do poder
a presidenta Dilma Roussef, eleita democraticamente por 54,5 milhões de
brasileiros, no último dia 31 de agosto.
Disse que, desde o anúncio da vitória de Dilma, em 2014, aqueles que perderam as eleições iniciaram uma campanha para desestabilizar o governo, questionando o resultado das urnas, pedindo reprovação das contas de campanha da presidenta e tentando impedir sua posse. Logo em seguida, deflagraram a campanha pelo impeachment. A grande mídia se encarregou de estimular as manifestações de rua e setores do judiciário, da polícia federal e do ministério público fizeram a parte de denunciar seletivamente as lideranças do Partido dos Trabalhadores. Na Câmara dos Deputados, seu presidente Eduardo Cunha se encarregou de aprovar medidas para aumentar gastos do governo e de boicotar a aprovação dos projetos do governo Dilma para enfrentar a crise econômica. E, quando o PT se negou a votar em favor de Cunha no processo de cassação do seu mandato na comissão de ética, o mesmo cuidou de recepcionar o pedido de impeachment da presidenta.
Disse que, desde o anúncio da vitória de Dilma, em 2014, aqueles que perderam as eleições iniciaram uma campanha para desestabilizar o governo, questionando o resultado das urnas, pedindo reprovação das contas de campanha da presidenta e tentando impedir sua posse. Logo em seguida, deflagraram a campanha pelo impeachment. A grande mídia se encarregou de estimular as manifestações de rua e setores do judiciário, da polícia federal e do ministério público fizeram a parte de denunciar seletivamente as lideranças do Partido dos Trabalhadores. Na Câmara dos Deputados, seu presidente Eduardo Cunha se encarregou de aprovar medidas para aumentar gastos do governo e de boicotar a aprovação dos projetos do governo Dilma para enfrentar a crise econômica. E, quando o PT se negou a votar em favor de Cunha no processo de cassação do seu mandato na comissão de ética, o mesmo cuidou de recepcionar o pedido de impeachment da presidenta.
¨Se não
bastasse a grave crise econômica que o país está atravessando, fizeram de tudo
para atrapalhar o governo Dilma e se negaram a aprovar as medidas necessárias
para ajudar o país voltar a crescer. São pessoas mesquinhas, que só pensam nos
seus interesses mais egoístas. O que
queriam a todo custo era voltar ao poder sem passar pelo voto da população”,
disse Kemp.
RETROCESSOS
Segundo o
deputado, Dilma foi afastada arbitrariamente, uma vez que não ficou comprovado
que a mesma tivesse cometido crime de responsabilidade, e o governo ilegítimo
trabalha hoje para aprovar uma agenda, que prevê cortes de direitos dos
trabalhadores e retrocessos nas conquistas sociais dos últimos anos. Alegando a
necessidade de cortar gastos e de fazer o equilíbrio das contas do governo,
Michel Temer anuncia cortes drásticos nos programas sociais, que foram
responsáveis pela redução da pobreza e da fome no país; aumentar o tempo de
contribuição para aposentadoria; fazer reforma trabalhista, deixando
vulneráveis os trabalhadores nas relações de trabalho; aprovar o projeto das
terceirizações; congelar por vinte anos dos gastos em saúde e educação;
abrir para os estrangeiros a compra de terras brasileiras; vender as reservas
do pré-sal; abrir nova onda de privatizações.
“O atual
governo, ilegítimo, planeja jogar para os trabalhadores o pagamento da conta
para enfrentar a crise econômica, enquanto isso manda para o Congresso Nacional
projeto de reajuste dos salários dos ministros do STF, que vai provocar
aumentos salariais em cadeia do funcionalismo em todo país. Fala em cortar
gastos, mas até agora só prevê gastar mais, já que aumentou a previsão do
déficit para este ano em 170 bilhões”, denunciou o deputado.
IMPORTÂNCIA
DA PARTICIPAÇÃO POPULAR
Pedro Kemp
afirma que, mais do que nunca, a hora é de lutar, de fazer frente ao retrocesso
que está em curso no Brasil. Disse que as manifestações que estão ocorrendo
pedindo “Fora Temer” e contra a aprovação das medidas anunciadas por seu
governo tendem a crescer e que são muito importantes para o futuro da nação que
queremos, com mais justiça social e democracia. Exortou a que o povo não fique
passivo diante dos fatos e conclamou a todos para participarem das
mobilizações.
Segundo
Kemp, “os partidos de direita que perderam as últimas eleições fizeram uma farsa
no Congresso para afastar a Dilma, para voltar ao poder e para barrar as
investigações da Operação Lava Jato. Alegando combater a corrupção,
criminalizaram o PT e se articulam de todas as formas para impedir que avancem
as denúncias envolvendo os políticos de outras siglas. Por que não andam as
investigações contra eles? Parece até que a Lava Jato está no fim”.
Para o
deputado, o momento político que estamos atravessando é muito grave e não
podemos aceitar que a democracia brasileira seja golpeada como está sendo.
“Estamos tristes, mas precisamos transformar nosso luto em luta”, concluiu.
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